Em uma era de redes sociais, o networking empresarial também precisou fazer adaptações. Ou melhor, agregou as facilidades proporcionadas por esses ambientes virtuais. O LinkedIn, rede social profissional, clamou seu lugar como líder desse novo paradigma: tem mais de 225 milhões de profissionais cadastrados, sendo 11 milhões no Brasil, o terceiro país em número de usuários e o segundo em taxa de crescimento.
Com essas ferramentas de interação para aprimorar o networking, muitos empreendedores se esquecem de ponderar as atitudes nessas redes. Algumas vezes, seu uso do LinkedIn pode atrapalhar mais do que ajudar no relacionamento com seus contatos. Muitas pessoas também esquecem que ele tem uma dinâmica e propósitos próprios. “O rótulo de rede social às vezes confunde as regras de etiqueta desse ambiente”, afirma Ale Valdivia, fundador da Alice Wonders, agência de comunicação digital.
Veja alguns comportamentos no LinkedIn que podem prejudicar a maneira como você desenvolve seus contatos corporativos e profissionais – e como mudar isso:
- O LinkedIn possibilita um contato com pessoas desconhecidas de maneira rápida. Mas cuidado: não é porque você conversou com alguém em um evento que já deve adicioná-lo em seu perfil. Interagir virtualmente traz mais desconfiança do que pessoalmente, quando você pode verificar que seu interlocutor é real. Portanto, envie uma mensagem para a pessoa e deixe claro como a conheceu, sempre usando alguma lembrança desse evento. “Achar que o uso da rede social é um convite para ser íntimo logo de cara pode acabar com o contato que você fez”, diz Valdivia.
- Se você entrou na rede, tem de atualizar. E sempre. Um perfil no LinkedIn não pode ficar parado, sem as suas últimas conquistas profissionais ou os feitos da sua empresa. Uma conta desatualizada pode afugentar ou decepcionar um possível novo contato. Pode também prejudicar a busca de quem está procurando uma empresa como a sua.
- A ferramenta de endosso de habilidades do LinkedIn pode cativar as pessoas porque possibilita que outros usuários corroborem suas qualidades profissionais. O problema é aceitar os endossos que não correspondem à realidade. Alguns usuários podem usar essa funcionalidade para ganhar boas avaliações em retorno e, assim, melhorar suas imagens. Fuja desse comportamento.
- Um grupo de contatos vasto favorece sua imagem e a possibilidade de criar novos relacionamentos. Mas, ao contrário do que acontece em outras redes sociais, o número não significa que o usuário é bem relacionado profissionalmente. “Você precisa adicionar pessoas que acrescentem valor ao universo em que sua empresa está inserida”, diz David Reck, da agência digital Enkem. “E pessoas competentes, seja da sua área ou não. Pessoas que fujam desse contexto podem desviar a percepção de quem você é, com o que trabalha e o seu talento.”
- Desenvolver um bom contato no LinkedIn leva tempo, então não adianta ser apressado como se você estivesse em um pitch. Compartilhe, no seu perfil e na página da sua empresa, conteúdo que mostre a evolução dos dois, novos prêmios e conquistas, e até mesmo informações interessantes sobre o mercado em que você trabalha. Isso cativa aos poucos a confiança dos seus contatos. “O LinkedIn está mais para Twitter do que para Facebook”, afirma Valdivia, da Alice Wonders. “Não é para ficar postando humor, filosofar sobre a vida ou descrever suas atividades diárias. É para compartilhar conhecimento e expertise.”
- O conforto do virtual muitas vezes distancia do real, que é onde as coisas realmente acontecem. “O proveitoso de começar um contato no LinkedIn é afiná-lo com um encontro de relacionamento”, diz Reck. Se você acha que vai conseguir tudo apenas passando horas no seu perfil, está enganado.
Fonte: Revista PEGN