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O que todo assessor de imprensa deve saber

A internet ampliou o campo de trabalho em assessorias de imprensa. Jornalistas e profissionais de comunicação devem entender a essência da atividade e associá-la às características da web.

Na primeira parte deste artigo vimos que as assessorias de imprensa enfrentam novos desafios, como o poder que o consumidor possui de atingir empresas em função da internet.

A rede também abre um amplo caminho para a disseminação de releases, pois não há um limite rígido de páginas para os sites, permitindo que os jornais online publiquem mais matérias de assessoria do que os impressos, com o objetivo de enriquecer e ampliar seu conteúdo. Os releases publicados podem ficar por muito tempo no banco de dados destes sites, prolongando a exposição do material.

Os press releases são, por definição acadêmica, textos redigidos por empresas, instituições e até mesmo pessoas públicas, encaminhados para as redações visando promover a própria imagem ou descrever um fato à sua maneira. Alguns autores, como Lima, consideram os releases uma publicidade disfarçada de conteúdo editorial, pois, ?como um anúncio, um cartaz ou mesmo um outdoor, o press release deixa de ser um texto com informações jornalísticas para se tornar mais uma peça publicitária…? (LIMA, 1987, p. 50).

Entretanto, são (ou pelo menos deveriam ser) textos produzidos com todas as técnicas jornalísticas, distribuídos à imprensa para que as informações que contenham sejam divulgadas gratuitamente como se fossem produzidas pelo próprio veículo. O problema é que, ao invés do repórter ir diretamente à fonte, as fontes, representadas pelos inúmeros press releases de assessorias, é que vão às redações. Algumas empresas se aproveitam do fato de que as redações estão cada vez mais enxutas e o jornalista cada vez mais sobrecarregado para infiltrar informações nem sempre verdadeiras.

Cabe então ao jornalista que receber o press release, checar a fonte, investigar o fato, descobrir o que há por trás daquela notícia e aí sim utilizá-lo como pauta ou, em certos (e poucos) casos, publicá-lo na integra. Mas não se deve apelar sempre para informações prontas, utilizando o press release como produto final.

A ética jornalística recomenda que tais materiais sirvam apenas de base para um novo texto, mas na prática a correria das redações nem sempre permite que isso ocorra. LIMA observa que ?a releasemania assume tal proporção nos dias atuais que muitos jornais encontrariam hoje dificuldades em manter suas portas abertas se não pudessem contar com o material distribuído pelas assessorias de imprensa? (LIMA, 1987, p. 11).

Isto se deve ao fato de que, no Brasil, a redação vem cada vez mais perdendo sua autonomia, em função do crescimento dos interesses econômicos e políticos dentro das empresas de comunicação, que, em geral, pertencem a um grande conglomerado. Além dos interesses econômicos indiretos ? a publicidade ? há os interesses diretos:
?Temos empresas jornalísticas ligadas aos setores imobiliário, de mercado de capitais ou mesmo vinculadas a interesses agrários. Conseqüentemente, os investimentos dessas empresas jornalísticas fora do seu ramo normalmente chocam-se com o exercício de um jornalismo isento? (LIMA, 1987, p. 39).

Para ler o material na integra clique aqui

Fonte: UOL