Do conhecimento teórico e prático a postura profissional
*Por Talita Scotto
A fan page da sua empresa está pronta, as imagens estão customizadas, as abas estão desenvolvidas e os álbuns estão repletos de fotos sobre o que sua empresa tem de melhor para mostrar. Para gerenciar todo o trabalho nas redes sociais um funcionário ou um freelancer foi escolhido para postar conteúdos e ficar “de olho” no que está acontecendo. Se este é o cenário atual das suas redes sociais, é melhor repensar a forma como sua empresa lida com a presença nestas mídias.
Estamos aqui para falar de um quesito fundamental para quem é responsável por fazer gestão de redes sociais: o comportamento e a postura profissional. O x da questão não está no trabalho a ser desenvolvido pelo colaborador e nem na capacidade do mesmo, mas no comportamento, na maturidade, na responsabilidade com o perfil e no comprometimento com o trabalho, que exige acompanhamento contínuo.
O analista de mídias sociais ou social media, como é chamado o profissional responsável pela área, não deve ser um candidato que esteja buscando sua primeira experiência profissional ou apenas goste de Internet, por exemplo. Um bom social media precisa ter passado por um processo de aprendizagem, onde possa ter adquirido experiência profissional e desenvolvido habilidades com este convívio, como: postura, iniciativa, criatividade, liderança, entusiasmo, jogo de cintura, entre outras.
O social media é responsável pela gestão de conteúdo da sua empresa, ou seja, por administrar o relacionamento entre empresa e seguidores/fãs. É ele que também irá monitorar, por meio de ferramentas, tudo o que está sendo falado sobre a marca. Depois disso, os relatórios serão documentos importantes para definir novas estratégias para a empresa, assim como descobrir novos mercados, produtos e serviços, ou mesmo, a lidar com as vontades do consumidor para reverter reclamações em soluções.
Por isso, só por ser jovem, ter facilidade com tecnologia, possuir perfis em diversas redes sociais e gostar do Facebook não é o bastante para ser responsável pela página de uma empresa na Internet. Diariamente recebemos erros graves cometidos nas redes sociais, que vão da falta de atendimento ao vocabulário inadequado, posturas antiéticas, comentários preconceituosos e até ofensas e ameaças. A culpa é do consumidor? Exceto em casos de “troladores”, não. Mas sim, da postura que este perfil adotou frente ao seu público.
Por isso, a escolha do profissional ou da agência que fará a gestão das redes sociais da sua empresa deve ser um processo cuidadoso, que envolve conhecimento teórico, prático e técnico da equipe, domínio da atividade do cliente, criatividade para engajar seguidores e fãs, planejamento e produção de conteúdo relevante e diário, além e não menos importante, jogo de cintura, agilidade, rapidez na apuração, raciocínio rápido para administrar imprevistos, monitoramento, etc.
Quando o responsável pelas redes sociais da sua empresa é um profissional sem preparo ou mesmo sem postura, a reputação de uma companhia, que leva anos para ser construída, pode ser destruída em poucos caracteres, às vezes até menos de 140. Além de ter a imagem manchada, também pode correr o risco de virar “meme” entre os usuários.
A Internet e a redes sociais são poderosas ferramentas para disseminar conteúdo, se expor, trocar experiências, apresentar ideias, sugestões e, acima de tudo, e o que poucas empresas perceberam, trocar opiniões com consumidores e clientes, ouvi-los e fazer com que eles se tornem parte do cotidiano e das ações das empresas.
Agora, quem sua empresa vai incumbir de conversar direto com o cliente?
*Talita Scotto é sócia-diretora da Agência Contatto, especializada em produção de conteúdo online e offline, gestão de redes sociais e assessoria de imprensa. www.agenciacontatto.com.br