Apuração incessante dos fatos, um lide bem construído e utilização de pirâmide invertida são algumas técnicas básicas inerentes ao trabalho de um bom repórter, certo? Mais ou menos. A capacitação deste profissional vai muito além disto, sendo necessária a visão crítica e "fora da curva". Assim descreve o jornalista, mestre em Filosofia Política, consultor de empresas e autor de livros de comunicação, Francisco Viana, palestrante que comandou a discussão intitulada "O conhecimento que faz a diferença e impulsiona uma carreira", ministrada durante o Congresso Mega Brasil de Comunicação 2013, realizado entre os dias 23 e 25 de abril no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo.
"O comunicador é aquele que tem a capacidade de enriquecer o seu semelhante. Por isso, precisa primeiramente aprimorar a sua percepção acerca das coisas que lhe cercam", afirmou Viana, que analisa ser esta a matéria-prima principal para este profissional cumprir o seu papel, de não apenas informar, mas de legitimamente tornar-se apto à tarefa de formar opiniões.
O diretor geral da Aberje - Associação Brasileira de Comunicação Empresarial, Paulo Nassar, também esteve presente na palestra e teve a oportunidade de expor ao público suas ideias acerca do tema. Para ele, o direcionamento a ser seguido pelo comunicador é desafiador. "Nesta área (comunicação), o profissional deve trabalhar unindo os níveis opinativo, informativo e qualitativo, estruturando assim boas narrativas, atentando-se à união de aspectos como ética e estética em seu trabalho", analisou. Para o representante da Aberje outro desafio dos profissionais ligados à área é o de selecionar as informações a serem transmitidas a seu público, o que requer um exercício diário de reflexão e uma análise crítica dos elementos que o cercam em seu cotidiano.
O jornalista Francisco Viana fechou a discussão com a conclusão de que é inerente ao profissional de comunicação, seja ele jornalista, relações públicas ou ligado à área de marketing "sair do lugar comum e enxergar além da curva". Só assim será capaz de contribuir para a formação de outros bons profissionais e de cidadãos semelhantemente mais críticos.
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Fonte: Nos da Comunicação