Que as mídias sociais já fazem parte de nosso cotidiano, ninguém discorda. No entanto, por incrível que pareça, sua utilização pelos veículos de comunicação ainda é motivo de controvérsia no mercado.
Com base em um estudo no qual o Facebook figura como a principal causa de queda na audiência de suas plataformas digitais, as Organizações Globo restringiram o uso do canal. A medida ressuscita a longeva batalha entre veículos tradicionais e novas mídias.
Segundo Andrew Keen, historiador, cientista político e autor do best-seller O Culto do Amador , o Facebook não é um substituto das mídias tradicionais. “Pelo contrário, é um pote de mel. Um ótimo lugar para atrair views. Inclusive, acredito que o Facebook deveria acordar e cobrar para que as empresas mantenham suas páginas. Se a empresa publica pequenos teasers nessas mídias, encoraja as pessoas a acessarem o conteúdo. Isso é positivo”.
Em 2010, a Reuters já havia criado uma politica ‘guia de uso de mídias sociais’ para seus jornalistas, deixando claro que furos de reportagem não devem ser postados no Twitter antes que a matéria seja publicada. Na época, o receio da agências de notícias era que o comportamento on-line dos jornalistas pudesse comprometer a sua credibilidade.
“Tem de haver um mix. Se você ignorar a plataforma digital, estará cometendo suicídio. A solução é usar essas plataformas para colocar manchetes e alavancar audiência. Isso funciona não só para os jornais, mas para qualquer tipo de negócio. Os jornais devem criar novas estratégias”, afirma Keen.
Um dos métodos adotados, sobretudo por jornais americanos e ingleses para reverter a situação, é o Paywall. O recurso permite a leitura de uma quantidade limitada de matérias por dia. Ultrapassado o limite, o usuário é convidado a fazer uma assinatura digital ou híbrida, que pode incluir, até mesmo, o recebimento do jornal impresso aos domingos ou em dias alternados.
Fonte: D&A imprensa
