O Instagram já se tornou uma ferramenta importante de interação com consumidores. Por meio dela, marcas podem criar uma ligação com seguidores e histórias que estreitam o relacionamento.
Mas para algumas empresas, o aplicativo está se tornando importante por outro motivo: por ser um repositório de fotógrafos criativos. Por que então não fugir das mesmices das sessões de fotos para catálogos – de móveis até roupas e acessórios – e usar uma estratégia de crowdsourcing para que seus clientes te ajudem a inovar?
É isso que algumas delas estão fazendo. A marca de cosméticos Lancome, por exemplo, pediu para suas seguidoras tirarem fotos de seus rostos sem maquiagem como forma de divulgar seu produto Dreamtone, que promete corrigir falhas faciais sem a ajuda de blush ou pó.
Com a hashtag #bareselfie (autorretrato sem maquiagem, em tradução bem livre), a marca reuniu diversas de suas consumidoras, tentando inspirar orgulho em suas imagens sem ajudas cosméticas. Tirando a ironia tácita da campanha, a Lancome conseguiu reunir pessoas que confiam e acreditam na marca para fazer uma série de pequenas propagandas em imagens.
Já a marca de sapatos e acessórios Coach escolheu seguidoras no Instagram para mostrar os seus novos produtos. Usando a hashtag #coachfromabove (coach de cima), ela reuniu imagens de seus produtos tirados de diversos ângulos e que acabaram se tornando um verdadeiro catálogo do que a empresa está lançando. Não satisfeitos, ainda deram destaque completo para as produções em seu site.
A marca de produtos para o lar West Elm achou nas fotos de seus usuários uma forma de criar uma base de imagens que mostram formas criativas de decorar uma casa. Tudo foi compilado na hashtag #myWestElm e serviu para inspirar e também aumentar as compras de outros consumidores.
Segundo a startup americana Olapic, que ajuda empresas a coletar, fazer curadoria e divulgar conteúdo criado em mídias sociais, fotos tiradas e compartilhadas por usuários no Facebook ou Instagram aumentam as chances de compra de um produto de 5% para 12%.
“A estrutura de comércio eletrônico de um site continua a mesma desde o começo da internet”, afirma Luis Sanz, cofundador da startup em entrevista para o site Mashable. “Mas a partir do momento que fazemos isso [usar fotos feitas por usuários] os resultados foram muito bons.”
Se você está pensando em fazer o mesmo com sua empresa, abaixo você confere alguns cuidados a serem tomados:
- Use hashtags para reunir todas as fotos. O objetivo é que outras pessoas possam encontrá-las facilmente. No caso do Facebook, crie um álbum específico e o atualize com frequência;
- Como qualquer estratégia de crowdsourcing, reconheça o esforço dos seus seguidores, valorizando o trabalho e talento de cada um;
- Busque criatividade e inovação nessas fotos. Inspire outras pessoas, mas também busque inspiração para se tornar uma empresa disruptiva.
Fonte: Revista PEGN